Frente Parlamentar do Empreendedorismo pede novo prazo para regularização do Simples

Data | 16/03/2022

O vice-presidente da Facesp e deputado federal, Marco Bertaiolli encaminhou ofício à Receita Federal solicitando um adiamento no prazo de regularização fiscal das empresas optantes do Simples Nacional, passando do dia 31 de março para 30 de abril.

“Estamos no aguardo da regulamentação e publicação da lei do Refis. Entendemos que o prazo está muito curto, por isso, a necessidade desta ampliação”, destaca Bertaiolli, que é coordenador-geral da Frente Parlamentar do Empreendedorismo (FPE) e um dos responsáveis pela derrubada do veto ao Refis das MPEs.

No documento subscrito pelos 207 deputados e senadores que compõem a FPE, o deputado destacou que o Comitê Gestor do Simples Nacional (CGSN) fará uma reunião na próxima sexta-feira, dia 18, para dar andamento na abertura das adesões, restando, portanto, apenas 10 dias úteis para a adequação fiscal das MPEs.

“É um prazo exíguo até mesmo para companhias de grande porte”, destacou o deputado, afirmando estar confiante de que a Receita Federal e os representantes que compõem o CGSN estão “sensíveis” a este cenário ainda incerto de nosso País.

A importância e a necessidade de que todos tenham tempo hábil para aderir ao Refis se justifica por meio dos números. Conforme Bertaiolli, cerca de 437 mil empreendedores inscritos do Simples Nacional possuem débitos adquiridos durante a pandemia e correm risco de fechar as portas, caso não consigam negociar suas dívidas. Isso significaria, num cálculo simplista de dois funcionários por empresa, a demissão de cerca de 1 milhão de trabalhadores. “Seria um retrocesso econômico sem precedentes”, salienta.

O vice-presidente destaca, ainda, que o Refis do Simples Nacional é um programa de interesse nacional, que afeta a todos os brasileiros, porque diz respeito direta e indiretamente à retomada econômica, a geração de empregos e ao desenvolvimento social do país.

“Precisamos sair desta estagnação e voltar a crescer. Mas para isso, o empreendedor precisa de segurança, previsibilidade jurídica, tranquilidade para trabalhar e produzir e as pessoas de emprego”.

 

Fonte: FACESP